É a mais recente tendência da indústria tecnológica, em Silicon Valley – e a Apple já a adotou. Segundo a NBC, a produtora do iPhone vai passar a pagar os custos de congelamento de óvulos. A Apple não é a primeira companhia a fazê-lo: também a Facebook tem em prática um programa de benefícios sociais para as funcionárias.
De acordo com a imprensa norte-americana, os custos de congelamento de óvulos rondam os 12 mil dólares, acrescidos de 4000 dólares por ano para a manutenção do óvulo num sistema de congelamento.
Com estas medidas, as empresas tecnológicas poderão estar a tentar inverter a histórica predominância do número de homens sobre o número de mulheres que trabalham em Silicon Valley.
Apesar de estar inserido nos programas de apoios sociais que incluem igualmente ajuda monetária para períodos de maternidade ou para tratamentos de fertilidade, o pagamento do congelamento de óvulos levanta uma questão: «Será que as mulheres que trabalham nessas empresas dão as boas-vindas a esta opção, por saberem que vão poder trabalhar afincadamente quando são mais novas e ainda assim poderem procriar mais tarde, se quiserem? Ou será que vão encarar estes apoios como um sinal de que a gravidez e o trabalho naquela empresa são coisas incompatíveis?», reflete Glenn Cohen, co-diretor do Centro Petrie-Flom para as Leis da Saúde, Biotecnologia e Bioética da Health Law Policy, Biotechnology, and Bioethics Faculdade de Leis de Harvard, citado pela Wired.
A questão mantém-se em aberto – até porque nenhuma mulher é obrigada a enveredar pelo apoio ao congelamento de óvulos.