
Numa conferência realizada ontem em Oxford, Reino Unido, Steve Ballmer deu a conhecer alguns das dores existenciais que ficaram dos anos em que foi CEO da Microsoft. E entre as coisas que correram mal, há uma que se destaca de sobremaneira: «Diria que, provavelmente, a coisa de que mais me arrependo é termos andado perdidos às voltas na passagem do Longhorn para o Vista».
O Longhorn era o nome de código usado na versão de testes do Vista (2007) – que por sua vez não terá deixado muitas saudades entre os utilizadores… e terá tido mesmo dificuldade em impor-se como sucessor do XP.
Ainda no campo dos arrependimentos, Steve Ballmer destacou a ressurreição da Apple e a demora da resposta da Microsoft no segmento dos telemóveis e dos dispositivos pessoais: «Uma coisa de que me arrependo foi não termos sido rápidos a juntar hardware e software».
A Computerworld fez uma miniviagem no tempo e recordou, em jeito de comparativo, as seguintes datas de lançamentos da Apple e da Microsoft: em 2007, a Apple avançou com o primeiro iPhone e em 2010 estreou o primeiro iPad; em 2010, a Microsoft reforça a aposta no hardware com o lançamento da Xbox, mas só em 2012, com o lançamento do Surface, marca posição na computação pessoal.
A estas datas deverá ser adicionada, em breve, a conclusão da compra da unidade de telemóveis da Nokia, por 7,4 mil milhões de dólares. Por essa altura, a Microsoft estará em posição de dizer que está no “clube” das marcas que produzem hardware e software para o segmento da computação pessoal.
Mas esta viragem levou tempo a concretizar-se – e a prova disso é que, mesmo no comparativo com a Samsung, a marca de Redmond revela um atraso de quatro anos.
Steve Ballmer faz as contas aos anos passados e revela que houve estratégias que simplesmente ficaram aquém das expectativas: «Estaríamos (A Microsoft) agora numa posição bastante mais forte no mercado dos telemóveis se pudesse mudar o que fizemos nos últimos 10 anos».