

As ilhas mais ocidentais do arquipélago dos Açores passaram a ficar cabladas com cabos de submarinos de fibra ótica. A chegada dos serviços sobre fibra ótica foi anunciada por um comunicado da PT, que marca a estreia dos primeiros tarifários de acesso à Net por 3G e 4G e ainda de acessos fixos do Meo Fibra.
A extensão do cabo submarino com fibra ótica ao Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores implicou a assinatura de um protocolo da PT e a FibroGlobal, que gere os cabos submarinos que ligam Corvo e Flores às ligações que hoje servem as restantes ilhas do arquipélago.
A par do lançamento dos primeiros tarifários em banda larga para o Corvo e Flores, a PT avançou com alguns projetos que pretendem tirar partido da nova infraestrutura. Eis alguns exemplos: segundo a operadora vai ser assinado um protocolo com a Universidade dos Açores com o objetivo de promover o ensino à distância; com a Câmara Municipal de Ponta Delgada está a ser trabalhado um sistema de telecontagem de consumo de água; com algumas unidades hoteleiras dos Açores prevê-se a instalação de várias tecnologias; na Câmara de Comércio e Indústria da Ponta Delgada para a criasção de uma plataforma de e-commerce.
Para os habitantes do Corvo e das Flores, a chegada da fibra ótica e o lançamento dos primeiros tarifários de banda larga são encarados como um momento histórico: em maio de 2012, a Exame Informática deu a conhecer as queixas de habitantes das Flores que garantiam (e confirmavam) ter Internet a velocidades bastante inferiores a 1 Mbps. O caso chegou a ser debatido por mais de uma vez no Parlamento Regional dos Açores. Numa das ocasiões, um dos edis da Ilha das Flores chegou a acusar as diferentes entidades envolvidas de «enganarem a população».