Os investigadores do International Computer Science Institute e das Universidades da Califórnia, de Berkeley e George Mason gastaram cerca de cinco mil dólares para comprar mais de 120 mil contas fictícias do Twitter. Estas contas eram usadas por spammers para enviar mensagens para outros utilizadores e encherem as redes sociais com spam.
Os mecanismos anti-spam usados atualmente pelas redes sociais bloqueiam as contas assim que se deteta que estão a ser usadas para envio de spam. Os spammers usam bots para preencher automaticamente os formulários para a criação das contas e começam a sua atividade de envio de mensagens. O objetivo dos investigadores foi comprar algumas contas usadas desta forma para perceber com mais profundidade quais os métodos usados pelos spammers.
O Twitter colaborou com os investigadores e ajudou-os nas compras que foram feitas no mercado negro onde os spammers operam. Muitas foram compradas por atacado, em grupos, e outras foram mesmo transacionadas uma a uma em fóruns especializados, noticia o Technology Review.
As análises iniciais destes dados revelam que os spammers têm vários processos para evitar os controlos implementados pelas empresas. Por exemplo, a inscrição massiça em várias contas é feita com emails falsos do Hotmail ou do Yahoo! e é feita com ligações que passam por todo o mundo. Os investigadores detetaram a passagem por mais de 160 países e perceberam que mecanismos como o Captcha não são propriamente difíceis de ultrapassar pelos spammers.
Os responsáveis do Twitter pretendem combater os spammers ainda antes de estes se conseguirem registar no serviço. No entanto, para que o possam fazer eficazmente, tudo indica que terão de estar constantemente a comprar e analisar as contas usadas pelos piratas.