Sérgio Botelho, diretor geral da Visa, estima que existam já em Portugal «centenas de milhares de cartões de débito e de crédito com tecnologias contactless», mas admite que a escassez de terminais de pagamento compatíveis provocou um atraso na expansão das tecnologias que recorrem às comunicações de rádio para processar transações.
Na Visa, há a expectativa de que 2013 funcione como rampa de lançamento dos pagamentos contactless. Sérgio Botelho afirma que a marca de cartões de crédito está apostada em dar o impulso que falta para a disseminação de infraestruturas e terminais de pagamento compatíveis nas lojas portuguesas. No final de 2013, a estratégia da Visa deverá ganhar um trunfo de peso, com o lançamento de um serviço que permite pagar compras através do telemóvel.
Sérgio Botelho recorda que, até ao final de 2013, o sistema de pagamentos contactless da Visa deverá estar presente em 75 a 80 telemóveis vendidos na Europa. Em paralelo, prossegue a expansão dos cartões contactless: a Visa quer fechar 2013 com mais de 70 milhões cartões contacteless na Europa. Pela mesma altura, deverá haver 650 mil terminais de pagamento compatíveis instalados na Europa.
«Prevemos que até ao final de 2020 metade das transações da Visa sejam feitas através de dispositivos como telemóveis, tablets ou outros gadgets que possam entretanto aparecer», recorda Sérgio Botelho.
Além dos sistemas de pagamento contactless, a Visa prevê reforçar a presença no segmento dos pagamentos eletrónicos com o lançamento da carteira digital V.me. Hoje, esta carteira digital, que promete reforçar a segurança das compras e transações efetuadas na Web, está disponível em França, Inglaterra e Espanha. No final de 2013, será a vez da estreia na Irlanda e Polónia. Sérgio Botelho admite que a V.me não será lançada em Portugal em 2013 – o que remete a estreia para 2014, na melhor das hipóteses.
A carteira digital V.me é ativada sempre que um aderente procura fazer uma compra na Internet. O sistema, que pode ser usado com cartões de crédito e débito concorrentes da Visa, promete atuar como um reforço de segurança. «O consumidor pode ir a um site, fazer uma compra, e, no momento de pagar, o V.me surge como um pop up. Uma das vantagens do serviço é que a loja online não acede aos dados dos clientes. Hoje uma Trata-se de uma solução que evita as situações em que o consumidor desiste da compra, quando chega a hora de pagar e inserir os seus dados no site», acrescenta Sérgio Botelho.
Hoje, as transações online já representam quase 20% dos negócios da Visa na Europa. Em 2012, a companhia faturou 1,3 biliões de euros na Europa. Mais de 202 mil milhões de euros foram transacionados através da Internet.