Numa conferência realizada em Londres, o responsável da Google lembrou que a cibercrime não é muito mais do que um conjunto de burlas mais ou menos criativas: «Em paralelo com as ameaças que vêm de indivíduos e grupos de indivíduos, há um problema maior que resulta das atividades promovidas por nações que têm objetivos maliciosos. Hoje é muito difícil identificar a origem do cibercrime e pará-lo».
A par da crítica dos estados mal intencionados, Schmidt alertou para a necessidade de as instituições públicas procederem a uma melhoria das tecnologias de proteção contra ataques de cibercriminosos. Schmdt sabe que é uma missão difícil – até porque o desenho da Web remonta a uma altura em que não havia cibercrime. E por isso o líder não executivo da Google acredita que poderá demorar mais de 10 anos até que a Internet seja convertida num local mais seguro.
Num tema sensível para a Google, Schmidt surpreendeu igualmente com uma análise sobre o direito ao esquecimento digital, que as multidões e os vários sites que compõem a Internet persistem em ignorar. «Uma falsa acusação durante a juventude costumava desaparecer ao longo do tempo; agora pode manter-se para sempre», lembrou o responsável da Google, em declarações reproduzidas pelo The Guardian.