Durante o processo da recolha de dados para o serviço Streetview, a Google compilou os dados de geolocalização de dispositivos compatíveis com Wi-Fi. Durante este processo, foram também recolhidos os nomes das ruas em que se encontravam e os identificadores únicos de cada dispositivo.
A empresa disponibilizou todos estes dados publicamente no seu site e só há algumas semanas esta informação foi retirada do site.
A "Commission Nationale de l’Informatique et des Libertés" (CNIL), é a entidade que regula a proteção de dados em França e já anunciou à CNET que a sua investigação sobre os dados recolhidos pela empresa norte-americana já resultou numa multa de 100 mil euros.
A multa foi aplicada depois de a CNIL ter provado que a Google tinha relacionado os identificadores únicos dos dispositivos com a sua localização à hora de passagem do veículo.
Qualquer dispositivo com Wi-Fi transmite o seu identificador – vulgarmente chamado "MAC Address" – num raio de 30 a 60 metros e qualquer pessoa na posse deste identificador poderia procurar na API da Google pela localização do dispositivo. Esta informação poderia conter os endereços de casa ou de locais visitados frequentemente.
"Lá porque outras companhias, como a Skyhook, terem feito o mesmo, o que parece ser o melhor argumento de defesa da Google, não quer dizer que esse comportamento se torne legal", afirma Marc Rotenberg, diretor do Centro de Informação sobre Privacidade Eletrónica em Washington.
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