Vodafone não assina protocolo da fibra óptica

Num comunicado, a Vodafone explicou por que faltou ontem à assinatura do compromisso de investimento e implementação das Redes de Nova Geração (RNG): «Sem prejuízo desses méritos, e uma vez que o Protocolo hoje (ontem) assinado não constitui uma base suficientemente detalhada para o investimento, a Vodafone Portugal considera que, no seu caso concreto, ainda não estão reunidas todas as condições para se comprometer com investimentos em RNG em Portugal que lhe permitam assinar este Protocolo». A operadora liderada por António Carrapatoso lembra que a “ausência” no protocolo não a impede de, mais tarde, vir a aderir ao acordo patrocinado pelo Governo. O acordo assinado ontem na Fundação Portuguesa das Comunicações contou com o apoio de PT, a Sonaecom, Zon Multimédia e Oni. O texto final resulta de várias reuniões levadas a cabo nas últimas semanas. O acordo prevê a implementação de uma rede de fibra óptica para 1,5 milhões de portugueses até ao final de 2009. Apesar da meta anunciada, o acordo não fixa modelos, percentagens ou datas de investimentos de cada operador. Nos próximos 45 dias, os operadores que assinaram o acordo terão de apresentar os modelos de investimento e exploração das redes ao Governo. Um comunicado do Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações (MOPTC) refere que o acordo vai permitir a constituição de redes com acesso aberto a condutas e infra-estruturas, mas não obriga os operadores a criar uma rede única partilhada – opção que contraria os desejos da PT, mas que era desejada por Sonaecom, Zon e Oni, que pretendem racionalizar os custos de investimento. Apesar de não poder contar com a PT, Sonaecom, a Zon e a Oni estão interessadas em continuar a analisar a possibilidade de criar uma rede única partilhada, informa o Público. A Vodafone poderá juntar-se a este grupo de três operadores mais tarde. Os investimentos das redes de fibra óptica vão beneficiar de um apoio ao crédito de 800 milhões de euros, bem como financiamentos comunitários para infra-estruturas em regiões mais remotas. Notícias relacionadas: Fibra óptica sem rede única partilhada Fibra óptica vai ter resolução ainda em Janeiro