O telefonema, que durou apenas alguns segundos, foi feito em âmbito de simulacro, mas faz parte do pacote de serviços de segurança prestados pela nova Central de Recepção de Alertas (CRA) da Prosegur, em Lisboa. Todos os dias, a CRA recebe uma média de 2000 alertas por dia. Os alertas são enviados por milhares de sensores (de presença, fumo, inundação, abertura de portas, etc.) e dispositivos de biometria dispersos pelas instalações de clientes de vários pontos do País. Sempre que um dos sensores lança um alerta, a câmara mais próxima é activada e um dos três operadores da CRA recebe as imagens que permitem confirmar se algo de errado se passa. «Há uma grande parte de alertas falsos. Com todas estas tecnologias temos a possibilidade de fazer a despistagem dos alarmes e verificar se são falsos ou se é necessário proceder a alguma intervenção», explica Joel Reis, director Comercial da Prosegur Tecnologia. Além da vigilância de edifícios ou recintos, a CRA da Prosegur também está equipada para fazer a vigilância de automóveis. «Podemos localizar, imobilizar ou fechar as portas de um carro, caso se justifique», acrescenta Joel Reis. A nova CRA da Prosegur tem por base um upgrade tecnológico monta. Hoje, a central dispõe de três operadores em permanência, que dividem a atenção entre os ecrãs de computador que têm à frente e uma tela gigante ( vídeowall) que se colada na parede. Sempre que precisam de ver algo com maior detalhe, os operadores da Prosegur podem passar essas imagens para o vídeowall. A central dispõe de várias vias de comunicação (ADSL, 3G, fibra óptica, GSM) em redundância. A informação circula encriptada (de 96 bits a 256bits) entre cliente e Prosegur. Ainda assim, são feitos, regularmente, testes às vias de comunicação com os clientes e os dados são replicados automaticamente para sistemas de back up. Por questões concorrenciais, os responsáveis da Prosegur não revelam a proveniência de todas estas tecnologias. Terminada a fase da renovação tecnológica, a CRA prepara-se com vista ao crescimento do mercado e a proliferação de negócios. Em 2009, a Prosegur conta arrancar com alguns serviços inovadores. Além dessas novidades, a eficácia dos sistemas de televigilância também promete potenciar os negócios futuros. «A televigilância tem um grande factor de dissuasão e a prova disso é que grande quantidade de criminosos identificados», conclui Joel Reis. Hugo Séneca
Prosegur entra na era da videovigilância 2.0
O operador olha para o monitor e pega no telefone: «Dona Amélia? Está tudo bem aí na bomba de gasolina? Ok. Isto é apenas um exercício de teste».