A tarefa não se afigura fácil para o ministro Alberto Costa: frequentemente, o sistema informático das conservatórias e registos civis está “em baixo”; os computadores utilizados nas comarcas estão na «idade da reforma e demoram horas a abrir um simples e-mail com uma peça processual; o outrora moderno sistema informático Habilus já não consegue dar resposta às solicitações das secretarias dos tribunais», noticia o Público. As queixas dos vários profissionais da justiça já não são novas. Mário Valente, presidente do Instituto das Tecnologias da Informação da Justiça (ITIJ) que abandonou o cargo recentemente, já havia avisado que a rede informática da justiça poderia entrar «em ruptura» no primeiro trimestre de 2008. Infelizmente, a previsão não foi gorada. Em intervenções recentes, o ministro da Justiça defendeu-se com alguns números: 572 mil certidões permanentes através da Net; 852 mil publicações on-line de actos da vida das empresas; e envio de mais de 405 mil informações empresariais simplificadas, por via electrónica, em 2007. Ainda assim, Alberto Costa admite que o sistema necessita de ser redimensionado. Veremos se estes argumentos conseguem hoje convencer os deputados.
Rede da Justiça em colapso quase permanente
O Ministro da Justiça vai hoje à Assembleia da República explicar o que está a ser feito para acabar com o congestionamento na rede informática da Justiça.