A Microsoft anunciou a intenção de comprar a editora de videojogos Activision Blizzard por 68 mil milhões de dólares, cerca de 59,7 mil milhões de euros ao câmbio atual. “Esta aquisição vai acelerar o crescimento do negócio de videojogos da Microsoft em dispositivos móveis, computadores, consolas e na cloud, e vai dar-nos as bases para o metaverso”, sublinha a tecnológica americana em comunicado.
Por comparação, o mercado de videojogos em 2021, segundo a empresa de análise NewZoo, estava avaliado, como um todo, em 180 mil milhões de dólares.
Caso o negócio seja aprovado pelos reguladores, a Microsoft passará a deter algumas das mais importantes e lucrativas franquias de videojogos da atualidade: Call of Duty, World of Warcraft, Diablo, Overwatch, StarCraft e até o popular Candy Crush (a King, empresa responsável pelo icónico jogo para smartphones, foi comprada pela Acitivion Blizzard em 2016).
E estúdios de renome como a Treyarch, Raven, High Moon, Sledge Hammer e Infinity Ward passarão também a fazer parte dos estúdios proprietários da empresa responsável pela consola Xbox.
“Os videojogos são a categoria mais dinâmica e excitante no entretenimento em todas as plataformas e vai desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do metaverso”, diz Satya Nadella, diretor executivo da Microsoft, no mesmo comunicado. “Estamos a investir fortemente em conteúdo, comunidades e influência de classe mundial para criar uma nova era de videojogos que coloca os jogadores e os criadores em primeiro lugar e torna os videojogos seguros, inclusivos e acessíveis para todos”.
Segundo a própria Microsoft, esta aquisição faz da Microsoft Gaming, o ‘braço’ da tecnológica dedicado aos videojogos, na terceira maior empresa do mundo do setor, atrás da Tencent e da Sony.
Phil Spencer, diretor executivo da Microsoft Gaming, já confirmou que assim que o negócio estiver fechado, os jogos que fazem parte do catálogo da Activision Blizzard e títulos novos que estão a ser preparados pelos estúdios englobados na aquisição vão ser disponibilizados nos serviços de subscrição Xbox Game Pass e PC Game Pass.
Este negócio multimilionário surge não muito tempo depois de outra aquisição ‘choruda’: em 2020, a Microsoft comprou a editora de videojogos id Software por 7,5 mil milhões de dólares.
O negócio com a Activision Blizzard acontece numa fase na qual a editora tem estado debaixo de fogo por práticas de assédio sexual dentro da empresa.