É a aplicação mais descarregada do momento em Portugal: a FaceApp lidera o ranking na loja de conteúdos da Apple e também da Google. A aplicação permite ao utilizador aplicar filtros às selfies e que modificam o rosto – tanto pode mudar a cor do cabelo, como acrescentar barba ou óculos à fotografia.
Nas redes sociais popularizou-se o filtro da idade, que envelhece digitalmente os utilizadores e tem como objetivo dar um vislumbre de como poderão ser dentro de algumas décadas. Para conseguir isto, a FaceApp recorre a mecanismos de inteligência artificial para modificar o rosto na fotografia, mas mantendo um aspeto realista.
E foi aí que começaram a surgir as dúvidas: o fenómeno viral põe em causa privacidade dos utilizadores? Os termos de utilização da aplicação geraram uma onda de preocupação e críticas, mas há uma solução para os utilizadores em “desassossego”.
A dica foi dada pelo próprio diretor executivo da FaceApp, Yaroslav Goncharov, numa entrevista ao TechCrunch e na qual defende a empresa das críticas sobre as preocupações de privacidade que foram levantadas.
Segundo o CEO, caso os utilizadores queiram os seus dados removidos da plataforma basta fazer o seguinte: aceder às definições da aplicação [roda dentada no lado superior esquerdo], selecionar a opção reportar erros e escrever a palavra privacy (inglês para privacidade) no campo de texto e enviar.
Yaroslav Goncharov adiantou logo que a equipa de suporte da empresa está «sobrecarregada», mas garante que os pedidos feitos pelos utilizadores serão considerados como prioritários.
A propósito das críticas de privacidade, o líder da FaceApp admite que as imagens são guardadas temporariamente nos servidores da empresa, mas que depois são eliminadas. «A maioria das imagens é apagada dos nossos servidores 48 horas depois da data de upload.»