Hackers chineses terão conseguido levar a cabo intrusões nos sistemas de controlo e operações de constelações de satélites, fornecedores do setor da defesa e mesmo em operadores de telecomunicações de empresas dos EUA e do sudoeste asiático, refere um relatório da Symantec. A empresa de segurança eletrónica já lançou o alerta para o FBI, para o Departamento de Segurança Interna dos EUA e para as autoridades dos vários países asiáticos afetados por este ataque.
Os especialistas da Symantec acreditam que as intrusões tenham resultado de uma campanha com códigos maliciosos com propósitos de espionagem, refere a Reuters.
Apesar de não se saber que dados terão sido intercetados ou desviados por esta vaga de ataques, há um dado que os investigadores dão como adquirido: a infeção dos diferentes sistemas terá possibilitado aos hackers chegar aos computadores que controlam satélites. O que significa que os ciberespiões poderiam, caso houvesse essa intenção, levar a cabo manobras danosas para as várias constelações afetadas.
A Symantec atribuiu a vaga de ataques a um grupo de hackers que dá pelo nome de Thrip. O grupo de hackers é conhecido desde 2013, mas no último ano esteve sem atividade de relevo. Com base nesta ausência, os peritos em segurança eletrónica foram levados a concluir que o grupo terá estado a aperfeiçoar as ferramentas usadas nos ciberataques.
Terá sido esse esforço de sofisticação que permitiu que os ciberatacantes levassem a cabo os ataques através da infeção de servidores sem terem de se introduzir nos computadores de trabalho das entidades atacadas.