
Um estudo da empresa de segurança eletrónica Rapid7 revela que vários modelos de webcams usados para monitorizar bebés podem ser facilmente atacados por hackers.
Em declarações reproduzidas pela BBC, Mark Stanislav, líder da Rapid7, lembra que os preços nem sempre refletem o nível de segurança alcançado por estas webcams que são usadas para a captação e envio de vídeos para apps de telemóvel ou sites específicos. E lembrou que as pessoas que usam este tipo de webcams estão a sujeitar-se a «um excesso de credulidade».
Os peritos da Rapid7 analisaram câmaras da iBaby, Summer Infant, Philips, Peek-a-View, Gynoii, e Trendnet.
Alguns dos modelos analisados usavam passwords que, além de imutáveis, estão disponíveis em manuais de utilização. Os investigadores lembram que as falhas de segurança não só permitem espiar as crianças, como eventualmente poderão ser usadas para saber se alguém está em casa ou até para levar a cabo uma intrusão às redes domésticas.
O estudo não tardou a produzir efeito: a Summer Infant fez saber que vai proceder à revisão dos mecanismos de segurança; a Gynoii comprometeu-se a sanar as vulnerabilidades; e a Philips lembrou que o segmento de webcams para bebés havia passado para a Gibson Innovations, que estava a analisar a situação (o modelo da Philips que foi analisado já foi descontinuado). A Trendnet lembrou que apenas com acesso físico às suas webcams é possível lançar um ataque.