Foi em maio que a Google disponibilizou aos internautas um formulário através do qual qualquer cidadão europeu pode requerer que o motor de busca deixe de fornecer links que conduzam a material desatualizado, excessivo ou irrelevante quando se pesquisa o seu nome. Desde então, a empresa recebeu quase 145 mil pedidos relativos a 500 mil URLs.
Segundo dados agora divulgados pela Google, a empresa aceitou um terço desses pedidos e rejeitou os restantes.
Tendo em conta que a Google ainda está à espera que as instâncias europeias definam oficialmente as diretrizes que devem conduzir à aceitação ou rejeição dos pedidos, a empresa tem vindo a decidir por si própria o que deve validar, revela o ZDnet.
Por exemplo, a Google aceitou um pedido de uma mulher na Itália para que fossem removidos os resultados de pesquisas sobre o seu nome que conduzissem a artigos sobre um crime de que foi vítima há anos. O mesmo aconteceu com uma alemã que pediu para serem removidas as ligações para as notícias sobre a violação de que foi alvo.
Contudo, o pedido de um homem no Reino Unido para serem apagadas as histórias sobre o seu despedimento por crimes sexuais foi rejeitado. O mesmo sucedeu com um italiano que foi condenado por fraude e com um eclesiástico britânico que foi investigado por suspeitas de abuso.
A Google também revelou que os sites para os quais remove mais links são o Facebook, profileengine.com e YouTube. A maioria dos pedidos foi proveniente da França (29 mil), seguido da Alemanha (25 mil) e do Reino Unido (18 mil). Portugal realizou 1482 pedidos, referentes a 6197 URLs.