A mensagem é, talvez, óbvia. Mas a UNICEF sentiu necessidade de lançar uma campanha contra uma forma de ativismo online cada vez mais comum e potencialmente inútil: os “Likes” no Facebook.
No mês passado, a UNICEF Suécia lançou três spots publicitários que, de acordo com o The Verge, exortam os espectadores a suportar a ajuda humanitária não através de posts, partilhas ou Likes no Facebook, mas sim através de donativos em dinheiro.
Os vídeos são contundentes e apresentam vários exemplos, desde um consumidor que pretende pagar a sua parte na conta de um restaurante em Likes até ao de uma criança de 10 anos que diz ter medo de adoecer como a sua mãe, a partir de um quarto esquálido onde vive com o irmão.
A campanha foi criada pela agência Forsman & Bodenfors. Apesar de a UNICEF reconhecer que as partilhas no Facebook podem dar a conhecer casos de interesse a uma audiência grande, a instituição considera que há o risco de muitas pessoas se ficarem por aí. A acompanhar os spots publicitários, a UNICEF criou também um poster onde se lê: “Goste de nós no Facebook e vacinaremos zero crianças contra poliomielite”.
Petra Hallebrant, da UNICEF Suécia, disse ao The Atlantic que “gostamos dos Likes e as redes sociais podem ser um primeiro passo para se envolver [numa causa], mas não pode ficar por aqui”.