Numa mensagem enviada para os utilizadores do portal, os responsáveis pelo Facebook consideram que o atual modelo democrático já não serve os propósitos da maior rede social do mundo: «Concluímos que o mecanismo de votação, que é desencadeado a partir de um certo número de comentários, na verdade apenas incentiva o aumento da quantidade e não da qualidade dos comentários», refere Elliot Schrage, vice-presidente de comunicações do Facebook na carta que foi enviada para os utilizadores/eleitores.
De acordo com a BBC, as intenções reveladas pelos responsáveis do Facebook já desencadearam uma campanha contra a alteração dos regulamentos. O site Our-Policy.org está na linha da frente dos protestos – e a avaliar pelo sucesso está bem posicionado para conseguir uma votação à própria alteração de regulamentos que visa acabar com… as votações. Durante a manhã de hoje, o Our-Policy.org tinha angariado mais de 3000 comentários. Faltam-lhe agora cerca de 4000 para chegar aos 7000 comentários e dar início ao processo de votação.
Além do fim do processo de votação, o Facebook pretende passar a usar a informação dos utilizadores em vários serviços que detém (entre eles encontra-se o Instagram). Esta medida também está a suscitar alguma polémica, muito por força do receio de que o “rei dos portais sociais” passe a integrar a informação dos utilizadores dos vários serviços, à semelhança do que a Google fez recentemente e que gerou o desagrado das autoridades europeias. O Facebook já tratou de reagir a esta última polémica garantindo que não pretende fazer a integração dos repositórios de dados dos utilizadores.
O Facebook tem mais de mil milhões de utilizadores registados. Os plebisicitos realizados no portal apenas são válidos quando têm uma participação acima dos 30% dos utilizadores.