O maior motor de busca quer evitar que se saiba o que andam a pesquisar os utilizadores. E anunciou a aplicação de novas regras, que têm por objectivo o reforço da privacidade dos cibernautas que usam o Google.
Uma das medidas mais sonantes é a limitação temporal dos arquivos. De acordo com os responsáveis do Google, as pesquisas efectuadas pelos milhões de utilizadores do motor de busca vão passar a manter-se nos arquivos apenas durante um período de 18 a 24 meses. Expirado este período os arquivos das pesquisas são eliminados. Outra das medidas emblemáticas agora anunciadas pelo Google é a eliminação dos registos de endereços IP fornecidos durante as pesquisas. Por sua vez, os dados recolhidos durante estas pesquisas passam a ser geridos a partir de conjuntos de 256 servidores, em vez de uma única máquina. Por fim, o Google anunciou que vai eliminar as ligações entre um computador e os cookies (ficheiros que permitem conhecer os vários passos e direcções de uma cibernauta na Web) que tem instalados. Com este reforço da privacidade, o Google pretende evitar casos como o sucedido em 2006, com a intimação do governo norte-americano para a abertura dos arquivos do Google, durante uma investigação relacionada com pornografia. O Google nunca aceitou a exigência, alegando que violava a privacidade de milhões de utilizadores do motor de busca. O Google admite que o reforço da privacidade pode reflectir-se numa perda de eficiência em alguns serviços. «Mas acreditamos que a privacidade adicional contemplada por esta mudança vai compensar a perda de dados», sublinhou um responsável do Google sob anonimato à Associated Press.