O que seria hoje se os comandos de consola fossem odoríferos? Resposta possível: os comando odoríferos não existem, mas se existissem, os jogadores passariam a sentir o odor de uma floresta quando o enredo de um jogo inclui uma passagem por uma floresta, ou eventualmente, poderiam deparar-se com uma baforada de cigarro no caso de o enredo do jogo ter uma personagem que fuma.
Nenhum destes cenários acabou por se tornar real – precisamente porque a Microsoft optou por não avançar com o comando odorífero.
As revelações acabam de ser feitas num artigo do Games Beat, que descreve o processo de desenvolvimento dos comandos da Xbox One e é revelador a importância que o design dos periféricos de consola assumiu na disputa pela liderança do segmento.
A par do protótipo que emanava cheiros, a Microsoft chegou a testar comandos equipados com um pequeno ecrã, câmaras e altifalantes mas, ao contrário da Sony e da Nintendo, acabou por abandonar essas potenciais novidades.
Para a marca de Redmond, a consola e os respetivos periféricos não devem desviar a atenção do televisor, que é considerado um dos principais dispositivos eletrónicos em ambiente doméstico. A este fator se juntam mais dois de ordem técnica: a câmara pode ser dispensável para quem comprou um Kinect; e o ecrã poderia revelar-se um sugadouro de energia. Este último argumento serviu ainda para pôr de parte a inclusão de um projetor que poderia criar ambiente com imagens em torno do utilizador.
Todos estes protótipos foram testados por centenas de "cobaias", que incluíam jogadores medianos; jogadores de topo; e veteranos da indústria de jogos. Os responsáveis da Microsoft admitem que os testes às várias centenas de protótipos desenvolvidos antes do lançamento da Xbox One orçaram mais de 100 milhões de dólares.
No final, o comando mudou – mas apenas em alguns detalhes como a atual configuração dos botões X/Y/A/B ou botão de acesso às funções de sistema.