Comecemos pelas más notícias: os preços. Confirma-se um aumento significativo dos preços quando comparados com os preços de lançamento da família S22. Os novos S23 têm um preço variável de €989, para o S23 com 128 GB de armazenamento (e 8 GB de RAM), até €1869, para o S23 Ultra com 1 TB de armazenamento e 12 GB de RAM. Há uma promoção de lançamento, que não baixa o preço, mas duplica a capacidade de armazenamento. Por exemplo, durante a promoção, a compra do S23+ de 256 GB (€1249) dá acesso, na verdade, à versão com 512 GB.
Como já acontecia com os S22, os S23 estão disponíveis em três formatos: o mais compacto, o S23, com ecrã de 6,1 polegadas, o S23+ com ecrã de 6,6 polegadas e o S23 Ultra, com um ecrã de 6,8 polegadas.
Por fora, poucas diferenças
Há poucas mudanças no design. Nos S23 mais pequenos, a maior diferença está nas lentes das câmaras, que deixaram de estar agrupadas num género de uma ilha, adotando um design idêntico ao da versão Ultra.
Quanto ao novo Ultra, a maior diferença está nas margens laterais menos arredondadas. Uma alteração feita com o objetivo de permitir um melhor agarrar do smartphone.
É no interior que estão as maiores alterações. A começar pelo processador usado nos três modelos, o topo de gama da Qualcomm, o Snapdragon 8 Gen 2 com 5G, personalizado para a Samsung. Um chip que, segundo dados da marca, bate recordes de desempenho ao mesmo tempo que garante maior eficiência energética. Ou seja, mais autonomia.
Uma das maiores alterações dos S23 não está nos aparelhos em sim, mas sim na forma como são produzidos. A Samsung garante que são utilizados mais materiais reciclados e são aplicadas diferentes técnicas no fabrico para melhorar a sustentabilidade destes telemóveis.
Câmaras, a grande aposta
A linha S sempre se distinguiu pela capacidade das câmaras. O que se repete. A estrela é a câmara principal do S23 Ultra, com um sensor com uns expressivos 200 megapíxeis. Mas o objetivo deste aumento de resolução nem é criar fotos com mais píxeis, já que a Samsung melhorou a tecnologia de binning de píxeis, agora denominada Tetra2pixel, que combina vários píxeis para gerar imagens com maior amplitude dinâmica.
Num primeiro contacto, as fotos geradas pareceram-nos impressionantes. Pudemos experimentar fazer fotos no planetário, com pouquíssima luz ambientes, e os resultados foram imagens com detalhe e sem ruído. Há, até, um modo específico para astrofotografia em que é utilizada uma técnica de realidade aumentada para sobrepor as constelações sobre a imagem, de modo a que o utilizador saiba exatamente que zona do céu noturno está a fotografar.
A aposta no que a Samsung chama de Nightography chegou à câmara de selfies, que também é capaz de captar boas imagens durante a noite.
Há, ainda, um estabilizador de imagem, que a Samsung diz ter o dobro da eficiência do anterior. E a capacidade de gravar vídeos em 4K com maior fluidez, atingido as 60 imagens por segundo.
No software há várias novidades para melhorar a experiência de utilização. Uma das que nos pareceram mais práticas é o aumento da funcionalidade da S Pen, que faz parte da versão Ultra. Agora podemos usar este estilete nas aplicações Google para escrever livremente, já que o sistema é capaz de compreender a caligrafia manuscrita.
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Mesmo a câmara de ‘apenas’ 50 MP do S23 e S23+ consegue resultados impressionantes. Também nesta câmara é utilizada a técnica de binning de píxeis para criar melhores imagens.