Uma equipa de investigadores na Alemanha revelou o potencial de se usarem ultrassons e hologramas para criar pequenas formas tridimensionais. O método pode ser uma boa alternativa à bioimpressão 3D de órgãos, cujo processo pode danificar a matéria a trabalhar, afetando o resultado final.
O processo dos investigadores da Max Planck Society passa pela pressão acústica para moldar microesferas em gel e outros materiais em formas complexas. A equipa teve de aprender a criar formas holográficas em camadas que pudessem ser formadas pelo som, em vez de ser pela luz, e isso exige uma grande carga computacional. No entanto, assim que o holograma ficou completo, pôde ser usado para moldar vários materiais.
Nesta fase, os objetos criados não têm mais de dois centímetros, mas já são complexos. O FastCo destaca que o método produz resultados rapidamente, tendo sido possível ver um pequeno cubo com um gel a dar origem a um objeto com outra forma em meros segundos.
Kai Melde, que liderou os trabalhos, explica que “os ultrassons são gentis e não tóxicos para as células. A assemblagem remota sem contacto permite manter as coisas estéreis e as células em bom estado”, abrindo-se caminho a um novo método para criar órgãos.