A Space Application Services é a startup da Bélgica que está a trabalhar em três diferentes reatores para produzir uma máquina que processa solo lunar e o converte em oxigénio, ao abrigo de um contrato com a Agência Espacial Europeia. O objetivo é que o sistema seja testado já na Lua em 2025, como parte do processo afinado de produção de oxigénio que vai ser demonstrado na ISRU (in situ resource utilization demonstration).
A máquina de oxigénio assenta no processo eletroquímico FFC Cambridge, desenvolvido na década de 1990 para extração direta de titânio a partir de óxido de titânio, e usa eletrólise para separar o metal puro dos restantes componentes, explica o Space.com. Na Lua, o processo será aplicado a separar o rególito lunar, que consiste em 45% de oxigénio, em ligas metálicas e oxigénio puro.
Os investigadores pretendem reaproveitar também as ligas metálicas depois da extração, por exemplo, para servir de matéria base a impressões 3D.
Outra abordagem que também está a ser seguida pela Space Application Services é o uso de uma redução de hidrogénio de ilmenite, um óxido natural de ferro e titânio encontrado em algumas áreas da Lua. A técnica de redução consiste em ‘cozer’ o rególito dentro de um contentor com hidrogénio em gás, num processo que resulta em vapor de água que depois pode ser dividido em oxigénio e hidrogénio.
Caso as experiências corram de forma satisfatória, esta máquina pode vir a ser essencial para manter uma presença humana na Lua durante períodos mais alargados.
A empresa belga pretende fazer em breve uma demonstração de todo o processo de produção de oxigénio usando recursos locais da Lua.