O computador a bordo da sonda Perseverance da NASA, que chegou recentemente a Marte, foi criado pela BAE Systems. O RCE, de Rover Compute Element (elemento de computação do veículo robótico, em tradução livre), apresenta um desempenho inferior ao dos congéneres usados em computadores de secretária na Terra, mas custou ainda assim 200 mil dólares, cerca de 165 mil euros ao câmbio atual. A publicação Guru3D avança que componentes iguais a este estão presentes em mais 250 naves espaciais.
O chip precisa de operar em circunstâncias extremas, aguentando temperaturas de -55 graus a 125 graus centígrados e radiações até os 10.000 Gray (Gy). Por comparação, estima-se que uma exposição contínua a 4 ou 5 Gy de radiação seja suficiente para matar uma pessoa
O chip RAD750 funciona a velocidades de relógio entre os 110 e os 200 MHz, mede 130 mm2 e tem um poder de computação entre os 240 e os 366 MIPS, precisando de 5 Watts de energia para funcionar. Os 10,4 milhões de transístores, os 256 MB de RAM, 2 GB de memória flash e a caixa de eletrónica constituem algumas das restantes características conhecidas.
Em caso de falha do processador RAD750, a NASA integrou um sistema alternativo semelhante que entra em ação.
A equipa da NASA teme que o sistema falhe dentro de 15 anos devido a circunstâncias externas e já há um plano para enviar atualizações algures no futuro. A Curiosity tem a bordo uma solução idêntica que está a operar há quase dez anos.