Uma equipa de cientistas da Universidade de Yale deu um importante avanço no campo da robótica de tecidos ao desenvolver um material que pode ser mais rígido ou mais mole conforme as necessidades do utilizador. O feito foi conseguido com recurso a epóxi, metal de Field e fibras de tecido e a alteração da consistência é feita através da passagem de corrente elétrica de baixa intensidade. A corrente elétrica destina-se a aquecer a liga e tornar o material mais mole e maleável. À medida que é arrefecido, o material assume uma composição mais rígida.
Trevor Buckner, que liderou o estudo, afirma que “o nosso compósito com material de Field e epóxi pode ser tão flexível como borracha de látex ou tão rígido quanto acrílico, até mil vezes mais rígido, só por aquecer ou arrefecer (…) as fibras longas deste material podem ser cosidas num tecido e conferir-lhe a capacidade de servir de esqueleto de suporte que pode ser ligado e desligado”, cita o Engadget.
Além deste avanço, a equipa produziu ainda um sensor baseado em líquido e que consegue ‘perceber’ as alterações no ambiente envolvente, atuando para alterar a dureza do material. Por outro lado, foram integrados fios que retêm a memória da sua posição e que podem ser programados para se dobrar em determinados ângulos com a passagem da corrente. Com todas estas inovações, é possível, por exemplo, criar umas calças para ajudar população mais idosa ou pessoas com dificuldades motoras a manter-se de pé.
O estudo foi desenvolvido com fundos militares dos EUA, pelo que é esperado que as primeiras criações com este material venham a ter uso militar.