A primeira rajada rápida de rádio da Via Láctea foi detetada em abril, recorrendo a observações de satélite e de radiotelescópios na Terra, como o Observatório Neil Gehrels Swift, o CHIME (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment) ou o STARE2 dos EUA. Os investigadores concluem que a origem deste fenómeno é a SGR 1935+2154, uma magnestrela, ou estrela rodeada por um forte campo magnético. A segunda magnestrela mais próxima da Terra está a 480 milhões de anos-luz.
Com esta descoberta, os investigadores pretendem conhecer melhor a natureza destas rajadas. Devido à proximidade, foi possível detetar rajadas noutros comprimentos de onda de luz, como em raios-X e os cientistas querem conseguir determinar a causa destes fenómenos, tentando perceber se estão associados aos campos magnéticos ou a algo de dentro das próprias estrelas, noticia o Engadget. Os FRB (de fast radio bursts) são um dos mistérios mais fascinantes do cosmos, sinais poderosos de rádio, emitidos do espaço profundo e onde alguns descarregam mais energia que milhões de sóis em conjunto. Muitos deles duram apenas poucos milissegundos e a maior parte não se repete, o que faz com que sejam difíceis de localizar, prever e, logo, perceber.
Sabe-se que algumas rajadas são mais energéticas que outras e que algumas seguem determinados padrões, mas, além disso, pouco mais se sabe e são muitas as perguntas que os investigadores vão tentar responder.