Não é a primeira vez que investigadores falam sobre sistemas de laser usados para transmitir som. Neste caso, é a propsota que promete fazê-lo de forma mais ruidosa, ou seja, em que o utilizador destinatário vai ouvir o que é dito com maior clareza. O sistema foi descrito no Optics Letters e assenta num sacudir de um laser para frente e para trás através de moléculas de água no ar junto ao ouvido de alguém. Este movimento de sacudir, juntamente com um espelho, faz com que as moléculas colidam com as moléculas do ar e produzam ondas de sons, explica o Live Science.
Esta abordagem não necessita de muita água para ser eficaz. Os cientistas explicam que «descobrimos que não precisamos de muita água se usarmos um laser num comprimento de onda muito absorvido pela água. Isto é essencial porque, quanto mais forte a absorção, mais som».
Esta proposta pode ser usada, por exemplo, para transmitir mensagens de forma direcionada em salas com muitas pessoas ou até em situações de perigo. Já Alexander Graham Bell, em parceria com Charles Sumner Tainter, tinha patenteado um dispositivo onde aplicava o mesmo princípio: agitar luz sobre algum material e som é emitido. No caso de 1880, o photophone-transmitter era um instrumento para controlar um feixe e aplicar-lhe um caráter variáveis e um recetor onde esse feixe produziria som.
No caso do MIT, o material recetor é vapor de água ambiente e a luz é um laser de precisão. Esta equipa vai testar o sistema agora em ambientes exteriores.