Quatro telefones Android e um iPhone X foram sujeitos ao teste: uma réplica de um rosto impressa em 3D foi colocada em frente aos aparelhos para os desbloquear, através de reconhecimento facial. Só o telefone da Apple passou o teste e não se desbloqueou. Todos os quatro Android foram enganados pelo truque, noticia a Forbes.
Cada vez mais telefones estão a ser equipados com outros mecanismos de autenticação que não as “tradicionais” passwords ou códigos de algarismos. Leitores de impressão 3D ou sensores para reconhecimento facial são uma escolha cada vez mais frequente, para facilitar a vida aos utilizadores que, num dia normal, têm de desbloquear o telefone várias vezes ao dia.
No entanto, esta investigação da Forbes mostra que, apesar de convenientes, estes mecanismos de proteção ainda são facilmente manipuláveis e podem ser enganados. Hackers ou mesmo as autoridades podem ganhar acesso aos conteúdos dos telefones que estejam protegidos desta forma, usando estes truques.
Nos EUA, por exemplo, o professor Orin Kerr da USB Gould School of Law explica que o governo pode obter, sem mandado judicial, a informação biométrica de desbloqueio e usar réplicas de impressões 3D ou dos rostos dos suspeitos para aceder aos telefones. Apesar de a solução poder ser colocada em prática, os custos associados fazem com que este cenário não seja tão frequente.
O FBI tem milhares de telefones sob a sua custódia e pode considerar usar este tipo de truques para enganar aqueles que tenham reconhecimento facial. Com a utilização de equipamentos de vigilância com cada vez mais resolução, será uma questão de tempo até ser obtida toda a informação biométrica necessária para reconstruir o rosto de um suspeito.