Os cientistas da Carnegie Mellon University e da DeepMotion, uma startup fundada em 2014 na Califórnia, desenvolveram um sistema baseado em Física e que pode acelerar a criação de modelos onde seja necessário ter um avatar a driblar uma bola de basquetebol. O movimento, aparentemente de simples execução para um humano, tem sido um quebra-cabeças para os investigadores, pelo que este sistema pode ajudar à criação mais rápida de novas figuras capazes de driblar.
«Esta investigação abre a porta aos desportos simulados com avatares virtuais com skills (…). A tecnologia pode ser aplicada além da simulação de desporto para criar personagens mais interativas para gaming, animação, análise de movimentos e, no futuro, robótica», disse Libin Liu, que coordenou este estudo.
O sistema desenvolvido agora usa um método de aprendizagem profunda por reforço e foi alimentado com milhões de imagens de um avatar virtual a treinar basquetebol numa arena também virtual. A aprendizagem foi feita em dois momentos: primeiro para que o avatar conseguisse movimentar-se à vontade pela arena e, depois, que conseguisse controlar o movimento do braço e das mãos, ajustando a direção e velocidade da bola. A principal dificuldade de conseguir simular este movimento de forma realista deve-se ao pouco tempo que a bola tem contacto com a mão do jogador, tornando-se os dados difíceis de captar. Por outro lado, é necessário assegurar a réplica da coordenação entre mão e olho que o humano consegue ter.
Os investigadores consideraram os seus esforços como um sucesso, uma vez que o modelo é capaz de driblar a bola entre as pernas, atrás das costas e fazer movimentos cruzados, sem perder a bola de “vista”, noticia o VentureBeat.
O mesmo modelo poderá ser aplicado para outros desportos e atividades. «Estamos interessados em explorar outros desportos, como o futebol, onde o controlo do equilíbrio está intimamente ligado aos movimentos desportivos».