Um balão de hélio, um telemóvel económico e algoritmos inteligentes é tudo o que é necessário para aumentar em 20% a produção agrícola de qualquer quinta. Pelo menos foi essa a conclusão da equipa de Robert Bernard, o diretor da Microsoft para a estratégia ambiental que, durante o Web Summit, garantiu que “este sistema pode custar menos de 100 dólares, o que o tornaria acessível à grande maioria dos agricultores”.
A Microsoft tem ouros exemplos de como a IA e o deep learning podem melhorar o planeta. A empresa desenvolveu algoritmos que correm na infraestrutura cloud Microsoft que consegue identificar elementos naturais e artificiais, como árvores e construções humanas, com base em imagens de satélite de baixa resolução (cada pixel equivale a 30 metros). Imagens que são disponibilizadas a baixo custo e de modo constante. Robert Bernard garante que, tradicionalmente, mapear uma zona do planeta com este nível de informação cujsta um milhão de dólares e demora mais de um ano, o que significa que o método da Microsoft pode ser usar para obter dados precisos e atuais sobre o estado do planeta.
Ainda mais ambicioso é o projeto Premonition, que pretende identificar em poucos anos todas as espécies animais desconhecidas. Um processo que “demoraria 500 anos a concluir se continuássemos a usar o método de identificação manual que ainda usamos”. O sistema de Microsoft recorre a armadilhas para mosquitos que são atraídos através de químicos e fotografados quando apreendidos. Depois as imagens são processadas para encontrar vestígios de sangue dentro dos insetos, sangue que é analisado para identificar o ADN e, consequentemente, a espécie. De acordo com Robert Bernard, o sistema da Microsoft é capaz de comparar o ADN analisado com todas as espécies já identificadas em menos de três horas.