Um quarto de todos os asteroides fazem parte de uma de cerca de cem “famílias”. Os astrónomos usam o termo “família” para designar a coleção de asteroides que têm uma origem comum. Agora, os cientistas conseguiram encontrar uma família que terá sido formada há quatro mil milhões de anos.
Marcus Delbo, astronomo do CNRS e Kevin J. Walsh, do Southwest Research, publicaram um artigo na Science onde revelam esta descoberta e explicam melhor como a matéria foi distribuída nesta era primordial.
Estes dois cientistas recorreram a cálculos complexos e a observações feitas pelo telescópio NEOWISE da NASA para conseguir chegar às conclusões de que aquela família de asteroides seria mesmo a mais antiga do mundo. Nessa altura, registava-se uma grande instabilidade no Sistema Solar, uma vez que planetas gigantes estavam ainda a “cair” para as suas posições orbitais atuais.
Os investigadores, através do processo de eliminação, foram removendo todos os asteroides que pertencem às famílias já conhecidas e ficaram com alguns rochedos com mais de 35 km de diâmetro e concluem que estes são «os mais antigos, os originais (…) que têm a mesma idade do Sistema Solar, com cerca de 4,567 mil milhões de anos», afirmou Delbo, citado pelo Gizmodo.
As observações desta dupla implicam ainda que os planetas gigantes como Jupiter, Saturno, Urano e Neptuno formaram-se no centro do Sistema Solar, estiveram muito próximos uns dos outros e gradualmente foram afastando-se para as órbitas que têm atualmente.