A degeneração dos fotorrecetores da retina é uma das maiores causas de cegueira nos humanos adultos e não há qualquer tratamento clínico que possa curar grande parte destas doenças degenerativas. Agora, investigadores de Itália contam que conseguiram criar um polímero fotovoltaico que age como um substituto da retina e que não precisa de quaisquer cabos ou ligações. Até agora, já tinham existido experiências que passavam por câmaras que enviavam sinais para os implantes que ativavam os nervos. A descoberta da equipa pode conseguir mais alguns anos de visão aos pacientes que sofram deste tipo de degeneração, explica o Ars Technica.
Os primeiros testes foram conduzidos em ratos de laboratório com resultados muito satisfatórios. As cobaias mostraram uma capacidade de resposta à luz quase equivalente aos ratos saudáveis. Já em ambientes menos iluminados, não houve um sucesso tão grande.
Os materiais usados para estes implantes são orgânicos, o que permitiu mantê-los na retina dos ratos durante seis meses, sem qualquer inflamação nos tecidos.
Nesta fase, os investigadores mostram alguma cautela explicando que a aplicação humana, se possível, ainda irá demorar alguns anos e que não há qualquer conclusão sobre se os ratos conseguem efetivamente ver melhor, uma vez que conseguiram provar apenas que há uma maior resposta à luz.