As investigações sobre a extinção dos dinossauros têm sido muitas e variadas. Mas, em linhas gerais, a teoria mais aceite defende que um meteorito, conhecido por Chicxulub, atingiu o Golfo do México há cerca de 66 milhões de anos, libertando uma incrível quantidade de gases na atmosfera que levaram a uma mudança climática extrema. Resultado: a maioria dos dinossauros foi extinta.
Mas de acordo com um estudo de investigadores britânicos, que foi publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, os dinossauros já estavam em declínio muito antes do impacto destruidor de Chicxulub. Segundo esta investigação, a população dos dinossauros começou a diminuir 24 milhões antes do evento. Ou seja, há cerca de 90 milhões de anos o desaparecimento de espécies de dinossauros começou a acontecer a um ritmo superior ao aparecimento de novas espécies. Este processo é considerado invulgar no desenvolvimento natural porque, em regra, espera-se que o desenvolvimento de novas espécies aconteça a um ritmo igual ou superior ao ritmo de desaparecimento de espécies mais antigas.
De acordo com esta investigação, o impacto do meteorito terá funcionado como um género de “machada final” para muitos animais que já estavam em declínio devido a uma série de outros fatores. Isto porque estavam a decorrer uma série de alterações profundas no planeta durante aquele período, como grandes alterações de geografia (separação dos continentes) e do nível das águas. Aliás, outros estudos já defendiam que estas mudanças no planeta, que diminuíram o habitat dos dinossauros, tinham colaborado para o desaparecimento de muitas espécies.