A Coreia do Norte voltou a estar “na boca do mundo” quando lançou um novo foguetão no passado domingo. Para muitos observadores, a começar pelas autoridades norte-americanas, o lançamento, apresentado como fazendo parte de um programa civil de exploração espacial, foi, na verdade, mais um teste para o desenvolvimento de mísseis de longo alcance.
De acordo com declarações de representantes do governo norte-americano à CBS, o satélite lançado pelo referido foguetão está «aos trambolhões em órbita», não emitindo qualquer sinal. Na verdade, ninguém parece ainda ter detetado quaisquer emissões dos dois satélites norte-coreanos conhecidos – este foi o segundo lançamento reconhecido pela comunidade internacional, apesar de a Coreia do Norte garantir que já lançou quatro satélites.
A teoria que o lançamento do satélite não passou de uma forma de mascarar o desenvolvimento de mísseis capazes de atingir os Estados Unidos sai reforçada se se confirmar ausência de uma real utilidade do satélite.
Apesar da ameaça, muitos especialistas acreditam que a Coreia do Norte não terá a capacidade para fazer um hipotético míssil intercontinental reentrar em órbita sem se desfazer. Os cientistas também não acreditam que os militares norte-americanos sejam capazes de desenvolver uma carga nuclear funcional suficientemente pequena para ser transportada a bordo dos mísseis.