
Os investigadores do MIT aplicaram os avanços na tecnologia magnética para criar uma forma de conter a energia criada por fusão. O novo reator tem a forma de um donut, é compacto e usa supercondutores em óxido de bário que criam campos magnéticos poderosos capazes de confinar a reação nuclear. O reator pode produzir eletricidade suficiente para cem mil pessoas, noticia o Gizmodo.
O fenómeno da fusão acontece quando há uma reação nuclear e átomos de hidrogénio colidem uns com os outros a elevadas temperaturas e formam hélio. Esta colisão é acompanhada da libertação de uma grande quantidade de energia, auto-sustentável a elevadas temperaturas. O obstáculo para os investigadores tem sido conseguir confinar o plasma de hidrogénio a estas temperaturas, o que poderá ser conseguido agora com estes campos magnéticos. A vantagem desta solução é que os reatores necessários para manter o campo magnético já não têm de ser tão grandes e dispendiosos.
A investigação do MIT usa materiais raros capazes de produzir um campo magnético dez vezes mais poderoso do que o que conseguem os supercondutores atuais e que resistem durante mais tempo, sem sobreaquecerem. O método permite ainda a troca rápida e barata de componentes. Até agora, é necessária mais energia para criar e manter um reator a fusão do que aquela que é efetivamente produzida pelo reator. Com este trabalho do MIT, o cenário pode começar a inverter-se e este tipo de energia pode começar a ser rentável dentro de uma década.