O processo de criar artificialmente tecido vivo já existe, com investigações há mais de dez anos. A vantagem da BioBots é que promete a impressão de células vivas a um custo mais baixo do que os modelos atuais, que custam cerca de cem mil dólares.
A impressora 3D da BioBots usa uma tinta especial que pode ser misturada com biomateriais e células vivas e que consegue dar origem depois a tecido e até a pequenos órgãos humanos. Numa primeira fase, estas criações devem ser usadas para testes clínicos de medicamentos, substituindo os atuais testes em animais, explica o TechCrunch. Uma das vantagens é que a impressão de órgãos em 3D permite a criação de tecidos mais complexos do que os que são usados em 2D ou do que os equivalentes encontrados em animais. A impressora usa luz visível azul em conjugação com um composto fotoiniciador na tinta para criar estes tecidos. «A nossa tinta é composta por três pós, a que se deve acrescentar um quarto que age como unificador e as células em questão. Deve misturar-se entre cinco a dez minutos e depois colocar o material na impressora, criar os desenhos em AutoCAD ou Solidworks ou outro software de CAD. O nosso software converte esse ficheiro em instruções para a impressora», explicou Danny Cabrera, um dos fundadores da empresa.
A empresa startup começou na Universidade da Pensilvânia, no ano passado, e os seus fundadores são investigadores da área da engenharia genética. O objetivo é conseguir vender este tipo de impressoras por cinco mil dólares a outros investigadores interessados em desenvolver também o produto. Nesta fase, foram apresentados alguns kits de cartilagem artificial com um custo de 700 dólares.