A equipa de Nima Mesgarani, engenheira elétrica que coordenou o estudo, usou um grupo de voluntários com elétrodos implantados no cérebro. Estes elétrodos forneceram uma vista única da atividade neuronal e de quais as áreas ativadas quando ouvimos falar e quando falamos, explica a New Scientist.
Os voluntários ouviram centenas de frases soltas, com sons distintos, para que os investigadores conseguissem analisar as áreas envolvidas no processamento do discurso. Foi possível isolar as áreas que reagiam apenas a consoantes e outras que se ativavam apenas quando se ouviam vogais. Há zonas do cérebro que também só se ativam pelo tipo de som produzido (só letras S ou B, por exemplo).
Os cientistas querem usar este mapa de fonemas para conseguir “ler” os pensamentos. A ideia de Mesgarani é que quando as pessoas “ouvem” apenas os próprios sinais neuronais, vulgo pensamentos, são ativadas as mesmas áreas do cérebro que são ativadas quando se ouvem outras pessoas a falar.