Um grupo de cientistas do Lawrence Berkeley National Laboratory publicou na revista Nature um artigo sobre o seu trabalho com um novo tipo de material que permite ajustar a transparência dos vidros consoante as necessidades térmicas do edifício.
Ao passar uma voltagem através de um vidro desenhado de forma especial, os investigadores conseguem colocá-lo em três estados: completamente transparente, bloqueando luz infravermelha ou bloqueando luz infravermelha e visível.
O vidro é baseado em nanocristais de óxido de índio-estanho, um material capaz de absorver luz próxima do comprimento de onda dos infravermelhos mas apenas se estiver no estado correto.
Segundo o Ars Technica, para criar este material os investigadores descobriram uma forma de embeber os nanocristais num material amorfo, criando um híbrido com as propriedades do vidro no que toca à transparência, e que se adapta a um largo conjunto de comprimentos de onda de luz.
As más notícias é que os investigadores ainda têm alguns problemas para resolver. Uma delas é o facto de que esta alternância de estados (entre total transparência e os outros) tem limitações semelhantes às das baterias e o desempenho começa a degradar-se ao fim de dois mil ciclos. Por outro lado, os materiais usados são caros. O preço do índio, usado em electrónica, custa mais de mil dólares o quilo.