Kaiba nasceu com uma malformação rara que dá pelo nome de traqueobroncomalácia. Depois de vários sustos, os pais e a criança puderam finalmente recuperar o sossego: na Universidade de Michigan, EUA, uma impressora 3D produziu uma prótese para a frágil traqueia do bebé, que não permitia encaminhar oxigénio para os pulmões e chegava mesmo a provocar paragens de coração.
A prótese, que é comparável a uma tala, impede que a traqueia feche provocando o sufoco do bebé. A Food and Drug Administration aprovou o uso da prótese.
Noutros casos de traqueobroncomalácia, os médicos tentam criar à mão as próteses que deverão ser implantadas. Só que esta alternativa artesanal geralmente é morosa e apresenta algumas limitações no que toca à perfeição, admitem os cirurgiões que operaram o bebé, citados pela LiveScience. Em contrapartida, a prótese criada pela impressora 3D demora apenas 24 horas a produzir e custa um terço das versões artesanais.
Para criar uma prótese similar à do paciente, os investigadores da Universidade de Michigan recorreram aos dados de uma tomografia computorizada da traqueia do bebé e a um programa de modelação em 3D. A prótese foi produzida com um material conhecido por polycaprolactone e deverá dissolver-se ao cabo de três anos, quando a traqueia de Kaiba já terá ganho força suficiente para suportar a atividade respiratória.