O telescópio Kepler já identificou mais de 100 planetas potencialmente habitáveis
Em termos terrestres, 12 anos-luz (cerca de 120 biliões de quilómetros na Terra) é uma imensidão – mas para o Universo é uma curta distância. Provavelmente porque conhece o universo como poucos, a equipa de astrónomos prefere analisar os mais recentes achados do telescópio Kepler à escala do universo. E por isso classificou como próximo da Terra o planeta potencialmente habitável que acaba de ser descoberto através das incursões espaciais do telescópio da NASA.
A descoberta foi anunciada após a conclusão de uma missão de três anos e meio do vaivém-telescópio Kepler. Entre 2009 e a atualidade, o telescópio da NASA terá avistado mais de 100 mil estrelas – e localizou mais de 100 planetas que, potencialmente, são habitáveis, por apresentarem níveis de pressão atmosférica que permite à água manter-se à superfície em estado líquido.
O mais recente membro do “clube dos planetas habitáveis” foi descoberto a orbitar em torno da estrela Tau Ceti, que se encontra a cerca de 12 anos-luz da Terra. Apesar de não ser a primeira vez que é descoberto um planeta potencialmente habitável, os investigadores rejubilam com a descoberta: «A Tau Ceti é uma das nossas vizinhas cósmicas que estão mais próximas e é tão brilhante que torna possível um dia estudar as atmosferas destes planetas num futuro não muito distante», prevê James Jenkins, um investigador da Universidade do Chile que participou na investigação, em declarações reproduzidas pela Computerworld.
Os investigadores que têm estado a analisar os achados do Kepler referem ter identificado cinco planetas a orbitar em torno da Tau Ceti. Os planetas têm massas que oscilam entre duas e cinco vezes a massa da Terra.
O planeta que orbita na zona considerada a habitável pelos astrónomos terá cerca do dobro da massa da Terra. As descobertas do Kepler deverão prosseguir nos próximos tempos. De acordo com a NASA, este explorador espacial vai dar início a uma nova missão de quatro anos. Nessa altura, é possível que os humanos descubram que afinal existem muitos mais planetas habitáveis na vizinhança.
