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A ser aplicada, a descoberta dos cientistas da Macronix, de Taiwan, pode permitir a criação de chips de memória que poderão ter até cem milhões de ciclos de leitura e escrita, um feito impressionante quanto comparado com o atual ciclo de 10 mil leituras-escritas. As memórias flash usadas neste momento sofrem de uma degradação progressiva nas células. Quanto mais células desaparecem, menos informação pode ser armazenada.
A solução da Macronix passa por aquecer bastante as células da memória, para lhes permitir “curarem-se” e restaurarem as suas propriedades. Os chips terão de ser desenhados com aquecedores onboard para fornecer uma descarga de 800 graus centígrados a grupos restritos de células. Com esta descarga de calor, as memórias podem atingir, teoricamente, o valor de cem milhões de ciclos.
Hang-Ting Lue, citado pelo phys.org, explica que um produto comercial com esta descoberta pode estar ainda distante. A descoberta, assegura Lue, pode ser usada parcialmente em apenas algumas partes da memória, deixando o restante intacto. O procedimento também foi desenhado para não esgotar as baterias de dispositivos portáteis.
Para já, o conceito vai ser apresentado em detalhe no IEEE International Electron Devices Meeting, em São Francisco.