O novo dispositivo pretende atuar como uma alternativa, menos onerosa e bastante mais portátil, aos laboratórios técnicos especializados.
O novo dispositivo portátil pretende replicar as funções das papilas gustativas da língua humana, através de vários sensores que, consoante a sua composição, podem detetar e estimar a quantidade de compostos orgânicos e inorgânicos (como os metais de transição) existentes num determinado alimento.
O mesmo processo pode ser usado para apurar o gosto dos alimentos ou até de medicamentos. Para proceder à análise, a língua eletrónica deve ser mergulhada nos alimentos ou outras substâncias que tenham sido previamente liquefeitas. Consoante o tipo de sensor instalado, o dispositivo deteta a presença de determinadas substâncias e envia esses dados para um voltímetro digital que, por sua vez, reencaminha a uma mensagem que pode ser processada por qualquer portátil.
Segundo um comunicado da Universidade de Aveiro, Alisa Rudnitskaya tem vindo a testar sensores constituídos por vidro, cristais, policristais ou polímeros orgânicos.
A solução começou por ser desenvolvida para a análise de vinhos, cerveja, leite, sumos, água ou café, mas também já foi testada em queijos, carne, peixe e fruta. Só que no caso dos alimentos sólidos é feito um puré que exige a adição de água. Além dos alimentos, a investigadora da Universidade de Aveiro acredita que a língua eletrónica pode ser usada para analisar a qualidade da água de lençóis freáticos e soluções criadas em ambiente industrial.