A Agência da União Europeia para o Programa Espacial (EUSPA) adjudicou ao grupo GMV um novo contrato-quatro para a evolução do Centro de Referência Galileo (GRC). A V2 vai proporcionar capacidades necessárias para monitorizar os serviços de GNSS em tempo real e monitorizar novos serviços já oferecidos ou previstos para os próximos tempos.
O GRC é uma instalação de serviços Galileo em Noordwijk, nos Países Baixos, e constitui um elemento-chave na implementação e evolução dos vários serviços que o sistema Galileo oferece aos utilizadores. Neste centro de referência multissistemas monitoriza-se o desempenho do Galileo e compara-se com o desempenho de sistemas equivalentes, como o GPS dos EUA, o Glonass da Rússia ou o BeiDou da China.
Com a segunda versão, vão ser possíveis várias novidas como:
– Serviço de Autenticação de Sinais (SAS) – para aumentar a confiança dos utilizadores nos sinais transmitidos;
– Serviço de disseminação de tempo – para a sincronização altamente precisa dos relógios usados em infraestruturas críticas;
– Busca e Salvamento – para melhorar operações de resgate de pessoas em situações de emergência;
– Serviço de alerta de emergência por satélite – para enviar avisos à população em caso de catástrofes naturais ou outras emergências;
E ainda melhorias na capacidade de monitorização do sistema de navegação por satélite com dados de várias instituições; latência mínima com processamento em tempo real e aceleração do processo de emissão de alertas; atualizações mais eficientes que não afetam as operações em curso; finalmente, um reforço na cibersegurança, com funcionalidades avançadas a serem integradas como parte de um novo conceito de platform-as-a-service.
A implementação desta nova versão deve acontecer durante o ano de 2026, sem trazer qualquer impacto nas operações em curso.
Atualmente, o Galileo serve mais de quatro mil milhões de utilizadores em todo o mundo, com serviços de posicionamento, navegação e sincronização horária com elevada precisão. O sistema já foi usado em múltiplas ocasiões, como nos incêndios florestais em Portugal em 2017, no terramoto devastador da Turquia em 2020 ou em resgates rápidos no Mediterrâneo. O Galileo tem sido fundamental para garantir a autonomia da Europa em termos de segurança e defesa