Em setembro de 2022, a NASA testou um sistema de redirecionamento de asteroides, que poderia ser usado em caso de colisão iminente com a Terra, na missão DART (de Double Asteroid Redirection Test). Agora, a ESA (Agência Espacial Europeia) lançou a missão Hera para observar como está o asteroide atingido e analisar a zona do impacto. A missão viu ser lançada a sonda nesta segunda-feira, a bordo de um Falcon 9 da SpaceX, apesar de as condições atmosféricas não terem sido as mais indicadas.
Há dois anos, a NASA fez colidir uma sonda contra o Dimorphos, um asteroide de 170 metros de diâmetro que orbitava o Didymos, de 800 metros. Segundo as observações recolhidas após a colisão, o teste de redirecionamento teve sucesso, com o período orbital do Didymos a reduzir de 11 horas e 55 minutos para as 11 horas e 23 minutos. Agora, o objetivo é observar mais de perto aquela região e o asteroide e preparar futuras missões que possam salvar a Terra do impacto de um meteorito, usando sondas e naves que possam embater e alterar-lhe a trajetória. Além de servir para preparar um mecanismo de defesa planetária, a Hera vai também procurar mais pista e informações sobre a formação dos asteroides, lembra o Gizmodo.
Os estudos atuais, feitos com base em observações de telescópios na Terra e com algumas indefinições ainda, mostram que o Dimorphos sofreu grandes consequências depois do impacto com a DART, desde ter ficado deformado até uma grande cratera de impacto, passando pelo surgimento de um campo de projéteis de rocha que podem chegar à Terra dentro de dez anos.
A Hera deve chegar ao local em 2026 e começar a investigar a ‘cena do crime’, bem como recolher dados sobre sistemas binários de asteroides, que constituem cerca de 15% de todos os asteroides detetado, mas que ainda são pouco conhecidos dos cientistas. As observações vão ser feitas por dois pequenos satélites cubesat, do tamanho de caixas de sapatos, que serão lançados quando a Hera estiver perto dos asteroides.