Uma explosão solar recente enviou uma vaga de partículas carregadas e radiação na direção de Marte e o fenómeno foi captado pela sonda Curiosity. Os cientistas podem agora ver como este tipo de eventos se desenrola noutros planetas que não a Terra.
As câmaras de navegação e os instrumentos a bordo da sonda captaram a maior dose de radiação a chegar a Marte ao longo destes 12 anos de missão. Também a sonda MAVEN ‘apanhou’ resquícios deste fenómeno, conseguindo ver auroras no lado mais longínquo de Marte, à semelhança do que aconteceu recentemente na Terra, noticia o Gizmodo.
No último mês, o Sol tem estado particularmente ativo, emitindo várias ejeções de massa coronal (CME da sigla em inglês) que chegaram a Marte. O recorde terá acontecido a 20 de maio, com a CME X12 (as explosões solares são classificadas por letras, começando no B, a mais fraca, até ao X, a mais potente). As partículas e radiações demoram poucas dezenas de minutos a chegar ao planeta vermelho, de acordo com as medições feitas a partir da Terra.
O Radiation Assessment Detector, a bordo da Curiosity, mediu a radiação em valores recorde e, um astronauta que estivesse à superfície do planeta naquela altura, receberia uma dose de 8100 micrograys, o equivalente a 30 raios-X ao peito.
Estas medições vão ser importantes para a preparação das missões tripuladas a Marte, na década de 2030.