No que diz respeito à originalidade, Atomic Heart não surpreende. Está longe de ser o primeiro jogo sobre um futuro alternativo, em que a segunda grande guerra ou a guerra fria tiveram resultados diferentes, com robôs que nos querem aniquilar. Mas também sabemos que a originalidade não é um fator essencial para se criar um bom jogo. E a primeira meia hora deixou-nos entusiasmados, com a apresentação de um mundo muito atrativo, carregado de ‘vida’, detalhe e cor. Mesmo num PC com já alguns anos, o grafismo impressiona, com texturas ricas, bons jogos de luz e sombras e fluidez.

O mundo é muito bonito, com edifícios e monumentos impressionantes, máquinas retrofuturistas detalhadas e ilhas flutuantes. A forma dinâmica como somos introduzidos à história, num futuro utópico onde o conhecimento científico foi a base da criação de uma sociedade soviética de (aparente) sucesso, está muito bem conseguida. Nestes primeiros minutos do jogo, estamos constantemente a ser (bem) surpreendidos à medida que percebemos que a nossa personagem é um género de superagente secreto, com algumas capacidades sobre-humanas, graças a uma luva com IA com ligação direta ao sistema nervoso (e não só) do herói.