O Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI) junta-se agora ao projeto europeu ‘ViBrANT – Viral and Bacterial Adhesin Network Trainig’, do qual fazem parte nove instituições académicas, um instituto de investigação sem fins lucrativos, três pequenas e médias empresas e uma empresa de grande dimensão, que disponibiliza quatro milhões de euros para desenvolver novas tecnologias e métodos de diagnóstico para ajudar a combater infeções virais e bacterianas contraídas em hospitais.
A investigação realizada no âmbito deste projeto foca-se nos processos inerentes a grupos de proteínas, as adesinas, patogénicas, nomeadamente a sua interação com hospedeiros, e no desenvolvimento de novas superfícies com anti adesividade bacteriana e dispositivos de diagnóstico de maior sensibilidade, personalizados, miniaturizados e capazes de diferenciar infeções bacterianas e víricas. O objetivo é reduzir o uso de antibióticos – dado que a maioria das infeções acontece pelo (re-) surgimento de novos vírus e pelo aparecimento de resistência das bactérias aos antibióticos – e criar novas estratégias que evitem a proliferação destas doenças.
As infeções virais e bacterianas têm grande relevância na Europa ao serem responsáveis por cerca de 25 mil mortes por ano sendo, por isso, necessário combater a sua incidência e disseminação. O grupo de investigadores europeus, composto por cientistas e 15 estudantes de doutoramento, quer, além de novos dispositivos, desenvolver novos testes de diagnóstico que sejam mais eficientes e rápidos. Com os resultados da pesquisa microbiológica clínica e o estudo dos processos de adesão bacteriana e viral a células e tecidos de um organismo, os investigadores pretendem ainda contribuir para a prevenção de infeções e definir novos tratamentos, mais eficientes, assertivos e também eles personalizados.
Este Projeto, que engloba áreas científicas como a Física, a Biologia Estrutural, a Proteómica, a Genética, a Engenharia de Materiais e os Nanobiossensores, vai proporcionar aos cientistas uma oportunidade de desenvolver e criar tecnologias que terão um impacto positivo no cuidado de pacientes com doenças infeciosas e também no desenvolvimento socioeconómico da Europa.