De acordo com um estudo publicado no International Journal of Epidemiology, no passado domingo, dia 26 de setembro, a pandemia de Covid-19 contribuiu significativamente para o aumento da mortalidade a nível global em 2020. Mulheres de 15 países e homens de 10 tiveram uma “expectativa de vida menor ao nascer em 2020 do que em 2015”, afirma-se.
Assim, os investigadores concluíram que a esperança média de vida, métrica utilizada para observar a saúde e longevidade da população que prevê o número médio de anos que um recém-nascido pode esperar viver tendo em consideração fatores como a taxa de mortalidade no momento do nascimento, tinha diminuído drasticamente.
“Embora saibamos que há vários problemas relacionados com a contagem de mortes de Covid-19, tais como testes inadequados ou classificação incorreta, o fato de os nossos resultados destacarem um impacto tão grande que é diretamente atribuível à Covid-19 mostra o choque devastador que este vírus representa para muitos países “, afirmou Ridhi Kashyap , professor de demografia social em Oxford e co-autor do estudo, num comunicado no passado domingo.
Segundo os cientistas da Universidade de Oxford, líderes do estudo, a expectativa de vida diminuiu de 2019 para 2020, em 27 dos 29 países observados. Tendo ainda concluído que os homens dos EUA e da Lituânia registaram o número mais elevado de decréscimo de esperança média de vida, de 2,2 anos e 1,7 anos, respetivamente.
No verão, mais concretamente em julho, o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do CDC informou ainda que a expectativa dos EUA diminuiu 1,5 ano no ano de 2020. Tendo sido considerado, de acordo com a National Public Radio (NPR), o maior decréscimo desde queda desde a Segunda Guerra Mundial.
O estudo teve por base pessoas do sexo feminino e masculino de 29 países diferentes entre os anos de 2015 e 2020. Os investigadores do Reino Unido e da Dinamarca construíram tabelas com base nestes dados de modo a que fosse possível chegar a estes resultados.