O projeto, composto por um consórcio de seis instituições em cinco países europeus, de entre as quais o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no Porto, está a desenhar uma aplicação móvel que tem como objetivo ajudar os cidadãos, principalmente os mais jovens, a procurarem emprego. Com o nome LifeSkills VR – Life Skills for Employment in COVID-19 Era through VR Innovation, nasceu durante a pandemia, como forma de tentar combater a nova vaga de desemprego.
Esta app de realidade virtual, que surge como alternativa aos testes vocacionais, será capaz de identificar as aptidões e competências dos utilizadores e combiná-las com as características de determinada profissão, “direcionando-os para o emprego mais adequado ao seu perfil”. A aplicação combina técnicas de gamificação e o modelo de Holland “que define seis tipos de personalidades/ambientes: Realista, Investigador, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional (RIASEC).”.
“Além disso, espera-se que esta ferramenta ajude o utilizador a desenvolver algumas soft skills, nomeadamente trabalho em equipa, gestão de tempo, resposta aproblemas ou a lidar com o erro”, afirma António Coelho, responsável pelo projeto no INESC TEC e professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
Em comunicado, o INESC TEC, entidade responsável por testar a aplicação a nível nacional, prevê que a versão portuguesa da app seja testada em 2023 por agências de emprego, centros de orientação profissional, organizações não-governamentais, universidades e outras instituições.
“Os testes vocacionais são utilizados há bastante tempo, mas conforme expôs o Centre for Factories of the Future (C4FF) à Agência Erasmus britânica, além de serem pouco abrangentes, os seus resultados não vão além da apresentação de áreas de afinidade. A solução agora proposta pretende colmatar as lacunas existentes nos atuais modelos de testes vocacionais, oferecendo um envolvimento suficientemente atrativo para as gerações atuais. Ao criarmos uma atmosfera virtual e pedirmos ao público-alvo que teste o código RIASEC neste ambiente, temos a oportunidade de usar a experiência e o conhecimento adquiridos no mundo real para criar uma variedade de situações no mundo virtual”, afirma Demetrius Lacet, investigador do Núcleo do INESC TEC na Universidade Aberta.
Para além do INESC TEC, integram o projeto o Centre for Factories of the Future Limited (Reino Unido), IDEC (AINTEK A.E.) (Grécia), Fondazione Polo Universitario Grossetano e ARTES 4.0 – Advanced Robotics and Enabling Digital Technologies & Systems (Itália) e Mediterranean Maritime Research and Training Centre. O projeto é financiado pelo programa ERASMUS +.