Os Jardins do Palácio Marquês de Pombal em Oeiras vão ser invadidos por Ciência durante seis dias de outubro. O FIC.A, primeiro Festival Internacional de Ciência realizado e organizado em Portugal, pretende juntar a comunidade científica, com uma programação pioneira e oferecendo ao público experiências únicas em diversas áreas científicas, artísticas e culturais.
O programa já tem mais de 700 atividades, entre debates, palestras, exposições, espetáculos, concertos e workshops e mais de oradores de cerca de 20 países. O Festival conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República e Alexandre Quintanilha como Embaixador, envolvendo ainda personalidades como Elvira Fortunato, Henrique Leitão e Maria Manuel Mota, três Prémios Pessoa, bem como o ex-ministro da Educação Nuno Crato entre os 22 curadores de excelência.
A organização revela em comunicado de imprensa que conta receber mais de 40 mil visitantes, metade dos quais serão alunos da educação pré-escolar ao ensino superior. Os visitantes vão poder interagir com cientistas, artistas e outros profissionais e com equipamentos e materiais das áreas da tecnologia, robótica, inteligência artificial, ambiente, saúde, astronomia, desporto e até gastronomia.
O Festival é organizado pela Senciência e apresenta uma missão e visão que partem da ciência para construir um modelo integrador atento aos valores da inclusão, da sustentabilidade e da capacitação pessoal, pretendendo posicionar-se como referência a nível nacional e internacional. Entre as presenças já confirmadas estão o investigador no campo do direito e ética da saúde, o canadiano Timothy Caulfield; o biólogo e ecólogo norte-americano Thomas Lovejoy que dedicou mais de 50 anos ao estudo da Amazónia e é o pai do conceito de ‘diversidade biológica’; o astronauta português Rui Moura que traz a tecnologia portuguesa que se encontra nos veículos enviados a Marte; e ainda Barry Fitzgerald, investigador e comunicador de ciência que se dedica a explorar a ciência por trás dos super-heróis.
Rúben Oliveira, biólogo e diretor científico do Senciência, destaca que “o FIC.A vem afirmar a importância de enraizar a ciência na sociedade” e que vai ser desenvolvida uma “forte componente artística e cultural, que inclui música, cinema, teatro, literatura, artes digitais e até artes têxteis”.
Já Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, realça que não tem dúvidas sobre “o efeito inspiracional que o Festival Internacional de Ciência terá no despertar do interesse das novas gerações e na generalização da cultura científica na nossa comunidade”.
O Festival decorre todos os dias entre 12 e 17 de outubro, das 09h30 às 23h00, com entrada gratuita mediante reserva de bilhetes na plataforma online.