O que vê um cientista quando obtém uma simulação de uma molécula? Miguel Castanho dá uma das respostas possíveis: “muitas vezes, obtemos resultados gráficos que fazem lembrar as peças do Tetris”. Pela mão de Cláudio Soares, através de uma videoconferência, percebe-se bem que a referência ao Tetris é uma metáfora que nada tem a ver com diversão – e eventualmente até pode salvar vidas. E essa possibilidade pode surgir quando menos se espera sob a forma de uma simulação de 10 microssegundos, que mostra o interior de uma denominada “caixa de água”, com mais de 2000 átomos em oscilações e movimentos trémulos que representam as diferentes interações estabelecidas da enzima Norcoclaurine Synthase. É apenas um exemplo dado para ilustrar a forma como os cientistas de hoje recorrem à supercomputação para desvendar a misteriosa vida de células, vírus, bactérias, átomos ou moléculas. “Para fazer uma simulação de 10 microssegundos podem ser exigidos milhões de cálculos para podermos apurar todas as forças exercidas pelos vários átomos em interação” explica Cláudio Soares….
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